sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

DIA 07-01-2013, ÀS 17 HORAS, MISSA DE PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO DE ENÉLIO LIMA PETROVICH, NA IGREJA DO GALO (CONVENTO SANTO ANTÔNIO). NESTA PÁGINA, ALGUMAS HOMENAGENS.


"DEPOIMENTO DO ADVOGADO E ESCRITOR EDUARDO HENRIQUE GOMES DE CARVALHO: 

 Trata-se de tarefa árdua tentar, com poucas palavras, sintetizar a acepção do Dr. Enélio para a nossa cultura, uma vez que pessoas desse calibre são imortalizadas por seus atos em prol de um ideal, de uma causa. E uma das causas de sua vida foi, no meu humilde entender, sua dedicação à nossa cultura, especialmente através do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Tamanha dedicação ao longo de largos anos acabou gerando um simbolismo inevitável: impossível pensar no IHG-RN sem a figura do Dr. Enélio Lima Petrovich e vice-versa. Conheçi o Dr. Enélio em 1995, por ocasião da comemoração dos trezentos e cinqüenta anos do morticínio ocorrido no Engenho Cunhaú, em Canguaretama. Naquela ocasião, a elite cultural do estado e também de outras regiões do país se voltou para aquele evento de repercussão nacional, uma vez que se concluía, no Vaticano, o processo de canonização dos Mártires de Cunhaú e Uruassú. Recebemos o Dr. Enélio, juntamente com outras autoridades culturais, políticas e eclesiásticas em um almoço ocorrido na casa-grande do nosso Engenho Pituaçú, em Canguaretama. Representando o IHG-RN, o Dr. Enélio esbanjava simpatia, simplicidade e, sobretudo, uma bagagem intelectual que poucos possuíram. Ele, como porta-estandarte da nossa cultura, ia ao encontro de fatos pertinentes ao nosso legado cultural, ajudando a manter vivas as tradições e a cultura do RN. Meus sinceros sentimentos à família. O IHG-RN encontra-se de luto, pois perdeu o seu baluarte incansável! 

 EDUARDO CARVALHO"

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 "O Dr. Enélio Lima Petrovich, com o seu encantamento, abre à cultura do Rio Grande do Norte e à do Nordeste uma lacuna impreenchível, mas é notório e notável o seu legado de inteligência, arte e cultura, de saber jurídico aprimorado, de honradez e denodada dedicação à causa da preservação do passado histórico do seu Estado, sendo tão do Nordeste quanto do Brasil, porque sempre em defesa da nossa brasilidade. Basta-lhe o reconhecimento do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte que, após elegê-lo e reelegê-lo seu presidente tantas vezes, terminou consagrando o seu profícuo trabalho à frente daquele Instituto, fazendo-o o seu presidente perpétuo, “pois nele se reconhecia grande força valorizadora em defesa do patrimônio intelectual do nosso Estado”, como disse dele o historiador e folclorista Luís da Câmara Cascudo, classificando cada uma de suas reconduções como “prorrogado o seu mandato”. O meu saudoso pai, escritor Nilo Pereira, sempre o enalteceu, nutrindo por ele muito respeito e admiração, sobretudo por seu idealismo em pugnar de forma infatigável pela defesa da memória histórica do seu Estado, colocando-a sempre num contexto regional e nacional, porque defendia a Pátria, coesa e harmonicamente em busca dos ideais de união e de liberdade, este um sentimento sempre resguardado por ele na sua produção intelectual ligada ao Direito e à literatura, à ensaística de forma geral. Não sei se foi publicada, conforme anunciada, a sua Fortuna Crítica. Se não foi, chegou a hora de termos à mão essa seleção de depoimentos que se lhe fizeram justiça, e que podem ser fundamentais à pedagogia do exemplo, porque pessoas assim precisam sobreviver no tempo e no espaço, até para sermos dignos de suas lições e dos seus legados, além de servir de modelo às gerações mais novas, que não podem perder esse espelho cujas imagens devem ser seguidas pelos que se propuserem à cidadania e à dignidade, aos ideais de bem servir às causas e às coisas do nosso passado histórico, tornando-o vivo e redivivo instante por instante.

 Roberto Pereira

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 Enélio Lima Petrovic, 1934-2012. historiador, escritor, advogado, memorialista, jornalista, um homem de vasta cultura, uma vida rica, de estreita convivência com sua terra natal e o país. Dos muitos títulos e honrarias que o tornou singular, diferenciado, costumava dizer que o mais honroso título que carregava consigo era o de fiel discípulo do mestre Luis da Câmara Cascudo. Enélio amigos! Era um homem de seu tempo, de inteligência privilegiada, coerente com suas convicções, com o que acreditava e amava com paixão. Eis a razão de sua dedicação quase que exclusiva á mais antiga instituição cultural do RN. A dívida do RN para com Enélio é impagável pela luta e defesa do mais rico e importante acervo cultural de nossa terra. Soube encarar e interpretar os anseios, as emoções, as idéias de várias gerações, descrevendo sobre o espírito de suas criações intelectuais, em mais de 150 comentários, compreendendo prefácios e apresentações, sem falar da sua vasta produção intelectual. Os breve testemunho que dou do inesquecível amigo é este, vem de longe: "viver não é preciso, o que é preciso é criar". Enélio foi um triunfo da vida, para vida. O saber é obra da inteligência, a sabedoria da sensibilidade disse Walter Houwarde. Enélio reunia as duas coisa, por isto era feliz, apesar de se angustiar com as coisas pequenas da provícia. Não tenhamos dúvidas, Enélio Lima Petrovich foi um momento da consciência histórica deste velho Rio Grande Sem Sorte. 

Severino Vicente

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 O escritor Enélio de Lima Petrovich sempre foi uma das pilastras da cultura e da memória potiguar. Culto, dinâmico, amante maior das letras e das artes, pousa na galeria dos que mais produziram em prol da cultura como um todo, aí incluídas todas as manifestações intelectuais, tanto no quadro chamado erudito, bem assim, um grande incentivador dos impulsos artísticos populares, a exemplo do Mestre Câmara Cascudo . E desenvolvia esse incomensurável trabalho com amor, satisfação e alegria, fazendo abrigar no IHGRN aqueles que, ao seu olho clínico, mereciam compor a Casa da Memória, por ele conduzida com arrojo, entusiasmo e dedicaçãodigna de registro a nível nacional. Enélio vai fazer muita falta a todos nós, seus discipulos e admiradores . Fará falta também a cultura brasileira, pois que ele sabia se corresponder como as institrições culturais do País e, porque não dizer, de outras nações. Para ele, o saber não tinha fronteiras . Viva Enélio .

 Odúlio Botelho Medeiros.

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 Dr. Enélio foi sem dúvida alguma um ícone da nossa cultura. Quase toda sua vida foi dedicada ao Instituto Histórico e Geográfico do RN. Foi um zeloso guardião de nossa ancestralidade e inexedível na defesa do Instituto que tinha sua cara. Considerava o Instituto sua verdadeira casa e sem apoio público, ia fazendo seu trabalho de resgate de nossas tradições, com todas as dificuldades possiveis que uma Instituição cultural em nosso país, passa. Será dificil e doloroso, visitar aquela Casa e não encontrar Dr. Enélio fisicamente. Seu espírito, certamente estará em todas as salas, vigiando pela sua manutenção, zelando pelo seu acervo, estimulando os que pesquisam as bases documentais de nossa história na alegria de ver continuado seu trabalho. Saudades dele. 
Iaperi Araújo. 

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CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, 

Tenho o prazer e a honra de dar o meu depoimento sobre a pessoa de ENÉLIO PETROVICH, figura singular da história cultural do nosso Estado. Nosso conhecimento data dos idos de 1964, quando ingressei na Universidade e escutava a respeito dos seus trabalhos e da sua passagem pela saudosa Faculdade de Direito da Ribeira, como integrante da sua Turma Pioneira, a cinqüentenária “Turma Clóvis Beviláqua” de 1959. Esse conhecimento, inicialmente, aconteceu através dos seus escritos, que enviava para meu pai, com singela dedicatória. Posteriormente o conheci pessoalmente e desde então passamos a conviver nas lides da vida e dos eventos em nossa sociedade. Mercê das dedicatórias dos seus livros a papai, fiquei curioso a respeito de sua pessoa e indaguei do meu saudoso genitor a respeito de Enélio, tendo o mesmo respondido tratar-se de um jovem intelectual promissor e dedicado ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, por quem sempre teve profunda admiração. Tal assertiva, então, passou para mim. Li a maioria dos seus trabalhos, desde os artigos na Revista Rumos até o último trabalho publicada na Revista do Instituto, lançada no final do ano passado. Acompanhei a sua trajetória profissional e intelectual, convivendo com ele nas reuniões do Instituto, da Academia de Letras Jurídicas e de outras agremiações culturais, pois ele sempre estava presente em todos os eventos. Construiu ao logo do tempo um conceito exemplar para a nossa “Casa da Memória”, como costuma assim denominar, ampliando o seu acervo e enriquecendo-a com documentos e objetos de arte, atraindo pensadores eminentes da cultura do País e até de além-mar, imprimindo ao centenário Instituto um lugar de permanentes encontros de cultura, granjeando a admiração de todos e a busca permanente para a realização de pesquisas. Biógrafo, memorialista, escritor, articulista, promotor de eventos culturais, imortal de duas Academias, Enélio é ainda personagem presente em todas as solenidades oficiais, reuniões e encontros intelectuais e sociais, lançamentos, palestras e saraus, contribuindo assim para garantir a presença do Instituto, incentivando aos novos escribas e dando satisfação aos seus contemporâneos. Com tristeza vimos o seu retorno às Mansões do Criador, onde tenho certeza deverá recebendo o justo prêmio de sua vida nesta dimensão do mundo. Enélio Lima Petrovich é nome para sempre se homenagear.

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 Guardei o olhar admirado dele ao escutar minha poesia no lançamento do livro: "Dicionário de Mulheres".


 DR. ENÉLIO LIMA PETROVICH 
 Retornar à Pátria Espiritual é a viagem mais auspiciosa, dos que bem cumpriram sua missão no Planeta Mãe. Que o Enélio, sinta-se feliz no mundo celestial que o recebeu na bela manhã de outono da sua nobre vida. Receba nossa gratidão por ter sido guardião da memória cultural, histórica e geográfica da linda Terra do Elefante, doirado de sol. Que o seu especial trabalho, e seus livros históricos, seja um elo entre as gerações presentes e futuras. Amigos saudosos lhe enviam um buquê de amor e luz.
 Que os três Reis Magos o abençoe e esteja feliz! 
Com carinho,

 Darcy Girassol

 *********************************************************** Quando criança passava em frente ao Instituto e Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e ficava, muitas vezes, a contemplar aquele belíssimo prédio e os seus personagens. Só quando cresci e me descobri Escritor é que passei a freqüentá-lo e conheci o Dr. Enélio Petrovich - o maior articulador da INTRIGA DO BEM: sempre teve uma palavra de incentivo a oferecer. Cumpria a risca o poema de outro grande da Poesia Potiguar – Gilberto Avelino: “por onde passares fala,/a palavra apascenta”. Com certeza essa postura incomoda aos articuladores da INTRIGA DO MAL que apressadamente querem julgá-lo por sua longa permanência à frente daquela instituição sem direito ao princípio do Contraditório, consagrado em nossa Constituição. Sabem e fingem que não sabem que as instituições que lidam com a Cultura precisam de um comandante forte porque, caso contrário, fenecem: a UBE, por exemplo, teve três fases: 1ª fase -14 de agosto de 1959; 2ª fase - 14 de novembro de 1984; 3ª fase - 23 de março de 2006. Vivem nos blogs arrotando modernidade e democracia. Puro fingimento. Para eles relembro Lênin: Democracia para quê e para quem? Guardo na memória outros dois episódios: quando comecei a escrever Sociedade e Justiça: História do Poder Judiciário ele me incentivou. Quando o convidei para fazer o Prefácio, prontamente aceitou. Prestei-lhe uma homenagem dentro do projeto Poéticas e Prosas Potiguares que idealizei e coordenei durante oito anos em Natal/RN nas principais livrarias. Tive alguma dificuldade na seleção do roteiro porque os seus livros são na área de História e Ensaios. Contudo, consegui pescar pérolas e homenageá-lo. Este ano estou criando dentro do Plano Editorial da UBE a Coleção Enélio Lima Petrovich (Ensaios/História). Por fim, lembro-me de uma canção de Chico Buarque: “os poetas como os cegos,/podem ver na escuridão”. Na mediocridade da Província, você foi LUZ. Hoje, faroleiro invisível da Eternidade.

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 HOEMENAGEM À MEMÓRIA DE ENÉLIO PETROVICH, PELA PASSAGEM DE UM ANO DO SEU FALECIMENTO.

 Enélio foi durante quase cinco décadas a vida e a alma do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Muito criticado por uns, por essa longevidade à frente da instituição - o que em qualquer regime determina distorções -, manteve-o em atividade apesar da falta de estímulos dos governos locais, como é de todos conhecidos. Era um militante da cultura e, nesse aspecto, constitui exemplo para todos.

 Franklin Jorge.

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